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Prevenção ABUSO SEXUAL INFANTIL

  • Foto do escritor: Dália Matsinhe, Psicóloga
    Dália Matsinhe, Psicóloga
  • 26 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

Sobre o abuso sexual infantil, e a resistência em mudar


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Sobre o abuso sexual infantil, e a resistência em mudar


Muitos sabem que como Psicóloga recebo diversos casos ligados principalmente à minha área de formação primária (Psicologia criminal), apesar de desde o término da licenciatura, em Portugal, e antes da formação da Ordem dos Psicólogos Portugueses, ter abraçado sob supervisão a área CLÍNICA, e ter aos poucos ficado me mais pela clínica do que pela criminal, ou a forense.

Sabem também que dei (muito menos agora) formação preventiva na área e, nessa senda, o que tem surgido e muito, tanto nas formações como na clínica, é que

1) TODAS AS VÍTIMAS SABEM QUE ALGO ESTÁ ERRADO NA ALTURA DO ABUSO, ainda que não saibam até que ponto mas, por causa de conversas como:

- respeita os mais velhos antes de tudo, e faça tudo o que eles mandarem fazer...

- os mais velhos têm sempre razão

- não podes desobedecer os mais velhos

- faz tudo o que o mais velho pedir mesmo que não gostes

....

- e não saber como verbalizar (bebés e crianças), eles não sabem como pedir ajuda ou perguntar, e muito menos REAGIR (gritar, afastar...correr)


2) os formandos, quando jovens, desconhecem até que ponto as crianças ou eles próprio têm o direito de limitar os OUTROS NO QUE DIZ RESPEITO AO PRÓPRIO CORPO. 😟


E sobre isso só me cabe dizer por agora o seguinte:

- Coloquem as crianças e jovens como detentores únicos do próprio corpo. Eles mandam no próprio corpo. Não são propriedade de mais ninguém a não ser deles próprios. "Maminhas do tio. Rabo da avó..." - NÃO!

Quando possível em termos de idade, e no banho, comecem a dizer para lavarem as partes íntimas, ainda que mal e sob supervisão de adultos de confiança que possam ajudar. Isto para que comecem a perceber o quanto antes que é propriedade deles. Digam mesmo, p.ex.:"Lava o teu rabo"

- Crianças, jovens, bebés não têm que ter esposa nem marido. E nem têm que ser namoradas de adultos, muito menos antes de saberem ou quererem saber de namorados. Existem adultos que falam disso até com bebés, ou crianças...😑

- Falem sobre as excepções ao toque: médicos podem tocar e como, e com acompanhamento de um adulto de confiança.. mãe e pai quando dão banho

- digam a eles que sempre que desconfortáveis, falem sobre isso. Criem comunicação saudável e preventiva com eles. Se a criança ou jovem se sentir desconfortável com algum adulto, permitam que desabafem sobre isso. Criem códigos até de mensagens que significa que o adulto de confiança tem que ir logo buscar, sem dizer que foi chamado. E nem digam que foi a criança ou jovem a enviar a SMS a pedir ajuda.


Mais, não obriguem a dar ABRAÇOS ou BEIJINHOS, quando eles não o querem... Se até nós não o queremos, imaginem crianças, jovens,... bebés.


Se um bebé rejeita alguém, e nós sabemos disso, afasta a pessoa, virá a cara, começa a chorar... não digam "agora ficas com essa pessoa até habituares te". Na realidade estarão a demonstrar que o bebê não pode mostrar desconforto. Pior, se o mostrar será castigado, ficando com a pessoa.

Estão a imaginar isso? Eu ajudo a imaginar:

- você está a ser abusado, fisicamente, energeticamente, psicologicamente.....ou não se sente confortável apenas, e alguém lhe diz:"então fique mais um pouco na situação até sentir-se confortável."

É abusivo.

(...)

 
 
 

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