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Automutilação

  • Foto do escritor: Dália Matsinhe, Psicóloga
    Dália Matsinhe, Psicóloga
  • 3 de set.
  • 2 min de leitura

A automutilação é quando uma pessoa provoca dor ou ferimentos no próprio corpo de forma intencional, mas sem o objetivo de se suicidar. Pode acontecer de várias formas — como cortes, queimaduras, arranhar a pele até sangrar, bater em si mesma ou até impedir que uma ferida cicatrize. É, quase sempre, um reflexo de um sofrimento emocional profundo, um grito silencioso por ajuda.


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Porque é que as pessoas se automutilam?


Cada pessoa tem uma história, mas existem razões que se repetem em muitos casos:


Alívio das emoções: a dor física acaba, por momentos, por “abafar” emoções difíceis como ansiedade, raiva, tristeza ou aquele vazio que parece impossível de suportar.


Sentir algum controlo: quando tudo parece desmoronar, controlar a própria dor dá uma sensação temporária de domínio.


Autopunição: muitas vezes, quem se automutila carrega culpas ou uma autoestima tão baixa que acredita que “merece sofrer”.


Expressar o que não consegue dizer: quando as palavras não saem, o corpo fala.


Influência de outros: no caso dos adolescentes, pode ser algo que surge em grupos de amigos ou até em comunidades online.


Histórico de trauma: situações de abuso, violência ou negligência aumentam muito o risco deste comportamento.


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Caminhos para parar a automutilação?


Sair deste ciclo é possível, mas exige apoio certo e, muitas vezes, ajuda profissional. Eis algumas abordagens que têm mostrado bons resultados:


1. Psicoterapia


Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda a perceber e mudar pensamentos e comportamentos que alimentam a automutilação.


Terapia Comportamental Dialética (DBT): ótima para quem tem dificuldade em lidar com emoções intensas, muito usada em casos de transtorno de personalidade borderline.


Terapias focadas no trauma: como o EMDR, que ajudam a processar memórias dolorosas.


Psicoterapia psicodinâmica: indicada para quem precisa de compreender melhor as suas emoções e feridas antigas.


2. Terapias complementares


Mindfulness e meditação: ensinam a acalmar a mente e a lidar melhor com pensamentos negativos.


Arteterapia ou musicoterapia: permitem libertar emoções de forma criativa e segura.


Hipnoterapia e PNL: ajudam a ressignificar memórias e a construir uma relação mais saudável consigo mesma.


3. Apoio médico


Quando há depressão, ansiedade ou outras condições associadas, pode ser necessário um acompanhamento médico e, nalguns casos, medicação para ajudar a estabilizar o quadro emocional.


4. Redes de apoio


Grupos de suporte, tanto presenciais como online.


Ter uma rede de amigos ou familiares atentos e disponíveis.


Saber a quem recorrer em momentos de crise, incluindo linhas de apoio emocional.


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Um comportamento antigo, mas pouco falado..…


Apesar de hoje falarmos mais sobre o tema, a automutilação não é algo novo.


Na Antiguidade, havia práticas de autolesão ligadas a rituais religiosos ou espirituais.


Na Idade Média, muitas pessoas viam o sofrimento físico como uma forma de purificação.


No século XIX, a medicina começou a registar casos de automutilação como sintomas de doenças mentais.


Hoje, sabemos que está muito associada a transtornos como depressão, ansiedade, transtorno de personalidade borderline e traumas.


Dália Matsinhe - Lexpsique, Lda.


Mestre em Psicologia, Programação Neurolinguística e Hipnose Clínica | Certified in RTT®, RTT Practitioner, and Hypnotherapist


📍 SHOPPING 24, Avenida 24 de Julho, Loja 15, Edifício 24 (Clínica FISIOLAB), Maputo – Moçambique


Contactos:

☎️00258 845946215 (WhatsApp)




💬 “Curar é reencontrar-se com a própria essência.”


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